15/01/2015

Viagem à Europa parte 12 - Kutná Hora, Rep. Tcheca

A 60 km de Praga, Kutná Hora foi uma das cidades mais importantes da Bohemia durante o medievo. Sua importância vem das minas de prata que geraram grande riqueza para a região e hoje a cidade tombada como patrimônio cultural mundial pela UNESCO.

Dentre as atrações do lugar estão a Igreja de Santa Bárbara dos mineiros, visita guiada a uma mina de prata, um pequeno museu de alquimia, a fonte de água gótica do século XIV (acho) e o famoso Ossário de Sedlec, que motivou a nossa visita.

Aqui há um site tcheco, em português de Portugal, que fala dessas e de outras atrações.

Para chegar lá é possível fazer excursões desde Praga ou, como fizemos, pegar um trem de uma hora para lá. Uma vez na cidade, pega-se um trenzinho rápido até o Ossário (5 minutos). É possivel voltar para Praga desde o centro da cidade que fica mais ou menos a 30 minutos a pé, do Ossário. Muita gente pega taxi ou ônibus entre uma coisa e outra, mas eu e D.Mari gostamos de economizar. Dica importante: planeje a viagem principalmente se quiser ir visitar as minas, pois as excursões ficam cheias (nós não fomos).

Bom, rapidamente sobre o Ossário:

Tudo começou quando um monge da região fez uma visita a Terra Santa e de lá trouxe alguma terra que despejou no cemitério local. Por conta disso o cemitério passou a ser um local altamente desejável para ser enterrado pelos ricos da Bavária. O cemitério foi expandido durante o século XIV por conta da chegada da Peste e o cemitério chegou a receber, no começo do século, cerca de 30.000 corpos. No século XV os mortos de uma guerra também foram enterrados ali. Ou seja, em um pequeno espaço se acumularam dezenas de milhares de corpos rapidamente.

No séc XV foi erguida a Igreja de Todos os Santos, no meio do cemitério, para abrigar os ossos exumados que não cabiam mais nas tumbas e, no início do século XIX, a familia Schwarzenberg contratou um famoso artista chamado František Rint para organizar os ossos ali contidos - cerca de 40.000, no total. O resultado não poderia ser mais curioso e macabro.

Cemitério e a igreja

Entrada

Chocante

Esse lustre central foi contruido usando TODOS os ossos do corpo humano

Altar

Dos dois lados da igreja há essas pilhas de corpos

infindáveis

Estranha forma de cultuar a Deus

Cruz na entrada da igreja

Cálice


Brasão dos Schwarzenberg
Na entrada da Igreja eles te dão um guia em áudio com algumas fotos.

Detalhe do Brasão - corvo devorando a cabeça de um turco

Restaurante V Ruthardce, ponto de parada tradicional com cerveja e pratos deliciosos
Igreja de Santa Barbara, tombada pela UNESCO

Detalhes na igreja
O museu da Alquimia é pequenininho e bobo, mas engraçado.

Essa é a estátua do Golem, um monstro lendário da cultura judaica de praga

Voltando

Tchau Kutna Hora!

12/01/2015

Viagem à Europa parte 11 - Praga

Finalmente Praga.

Quando programamos nossa viagem, tudo circulava em torno de conhecer a cidade onde Kafka nasceu e escreveu seus livros absurdos. Era sonho de D. Mari ir a Praga e eu também morria de curiosidade, então, quando vimos que depois do nosso cancelamento de ir a Vienna, tínhamos um dia extra pra gastar na cidade ficamos muito felizes. Em cima da hora fechamos um quarto na casa de um artista, via AirBnB, para a primeira noite - depois tínhamos um apartamento alugado.

De Cesky Krumlov pegamos um ônibus ótimo e barato, o Student Agency, para uma cidade no meio do caminho, mas assim que pisamos lá nos arrependemos e tivemos que pegar um ônibus comum (horrível e lento), para Praga.

Internet rápida, filmes, café, chocolate quente, atendimento de bordo... num ônibus barato!

Chegamos lá exaustas e descobrimos que estávamos ferradas: O quarto que tínhamos alugado estava ocupado, então nos colocaram em um outro quarto, horroroso e sujo, onde estava morando a cadela da casa com sua ninhada. A casa toda era nojenta e nada parecida com as fotos que vimos no anúncio. Haviam 4 outras pessoas hospedadas por lá. Embora o host fosse uma pessoa bacana, logo vimos que não ia prestar.

Saímos imediatamente para dar uma volta e conhecer o centro da cidade. De cara achamos tudo lindo, andamos muito, tomamos umas cervejas na beira do Rio, cruzamos varias pontes bacanas. Depois fomos procurar um lugar para comer e acabamos numa taverna local, onde fizemos amizade com um casal esquisito. Finalmente ficamos exaustas e, por mais que não quiséssemos, voltamos para a casa do tal artista.

Chegando lá, ouvimos música alta. O host nos chamou para ir para a sala, onde todos estavam tomando uns bons drinks, mas nós dissemos que estávamos cansadas e só queríamos dormir. Ele trocou a cachorrinha de lugar e disse que em breve todos iriam sair para a balada, mas eles acabaram não saindo. E a noite toda ouvimos eles rindo, gritando, dançando, música alta e, para completar, cheiro de cigarro. Um cheiro de cigarro que não vinha só da sala, mas dos lençóis do nosso quarto. Mariana começou a passar mal - não conseguia respirar e não dormiu. No dia seguinte saímos fugidas dali. Mas eu conto tudo isso porque, essa primeira noite, influenciou todo o resto da nossa viagem.

A partir dali D. Mari começou a ter problemas respiratórios - não podia ficar em ambientes fechados, sentir cheiros fortes ou o cheiro de cigarro. E em Praga se fuma em todo e qualquer lugar. Nos bares, nos restaurantes, nas casas... É praticamente impossível fugir. Por causa disso Praga - a grande motivadora da viagem - perdeu metade do brilho. Pilsen, onde conheceríamos a famosa cervejaria, teve que ser riscada da lista, e depois de finalmente ver um médico, D. Mari teve que entrar nos antibióticos pesados e não pode mais beber até os últimos dias da viagem - isso porque parte dos nossos planos era conhecer cervejas e cervejarias na Europa.

Então fica a dica: quando em Praga, se você não é de festa e não é de cigarro, fique em um hotel ou alugue um apto inteiro. Aparentemente histórias como a nossa são comuns - então não arrisque.

No dia seguinte, depois de nos presentearmos com uma deliciosa massagem tailandesa nos pés, nos mudamos para nosso apartamentinho no centro histórico, ao lado da confusão - mas numa rua tranquila  e de lá exploramos a cidade. Outra dica: é muito bom ter uma cozinha em Praga - as comidas todas eram os olhos da cara no centro histórico - aquela história de que Praga é barata está ficando no passado.


Centrão onde chegamos

Primeiro passeio pela cidade

 



Predio estranho + Street car igual aos novos de Toronto

Kafka

Centro Histórico + protesto

O famoso relógio

Rua Kafka

Casa onde Kafka morou na infância

Concentração de gente para ver o relógio tocar as horas.
Aqui também se podem achar free tours.
Pegamos um horroroso, com um moço gago que acabamos largando no meio.


Indo pro museu Kafka

Mari Feliz

Eu não sei o que esse sinal fez, mas deve ter sido grave.

De noite fomos ver o Teatro de Marionetts. Adorei.

Indo pro Castelo

Entrada levemente sombria do Castelo
Catedral



Essa obra, dentro da Catedral, é do pintor Mucha.
Há um pequeno museu na cidade com obras e a história dele que é imperdível.
Reserve umas 2 horas, pelo menos, para ele.


Eu

Eu adoro o censo estético da Igreja


Vila dos trabalhadores do Castelo

Kafka alugou essa casa para usar como escritório

Hoje é uma lojinha para turistas

Eles preservaram várias casas na vila. Essa era a taverna

E há esse lugar onde você pode fazer essa coisa divertida

Mari estudando o Guia de Praga
Meu prédio favorito
Essa foto linda certamente foi D. Mari que tirou

De noite subimos na Torre na praça. Não sei se é possivel ver nessa foto,
mas a cidade toda é um grande labirinto.
Deu pra entender melhor as obras do Kafka andando pelas ruas de Praga.



Museu da Alquimia

O museu é muito bacana. Tem até passagem secreta

E a guia é espectacular. Vale o passeio

Museu da cerveja

Coleção enorme de marcas, inclusive brasileiras

Esquema de produção

Indo ver um concerto de órgão nessa igreja


Mozart tocou aqui!

Mariana ficou inspirada e voltou pra casa para escrever uma grande obra incompreensível.

Thats all for Prague!